Um dos últimos livros que li foi Cartas, de Caio Fernando Abreu. Uma parte de sua correspondência para familiares e amigos. Devorei as mais de quinhentas páginas. Sempre adorei livros desse tipo.Talvez porque durante um bom tempo da minha vida as cartas foram o meio mais usado para me comunicar com os amigos. Nos anos 80 e um pouquinho dos 90 não existia nada dessa tecnologia de redes sociais ou e-mails. Fui uma adolescente viciada em Correios. Até hoje tenho caixas de cartas. As mais lindas são de uma amiga que já se foi. Éramos tão cúmplices que pensávamos em publicar nossa correspondência um dia.
Depois da leitura das cartas de Caio, senti uma enorme vontade de escrever de novo, cartas imensas, cheias de colagens, desenhos, folhas e flores secas...Enfim, tudo que pode caber num envelope. Como internauta curiosa, encontrei o clube da carta e me surpreendi com tanta gente com o mesmo desejo que eu. Me inscrevi e estou enviando a primeira carta. O destinatário é alguém que nunca troquei olhares, nem experiências. Parece louco, mas é uma forma gostosa de conhecer alguém. Vamos ver onde isso vai dar. Para quem ficou curioso para entender como funciona o clube, convido a conhecer o site e se encantar com as histórias por lá.